Com toda certeza você já ouviu falar da última dieta da moda, aquela que realmente funciona, e, tempos depois, de como essa dieta não era assim, digamos, tão infalível. Muito provavelmente você até já seguiu alguma dessas receitas milagrosas, que prometem resolver seus problemas de peso de uma vez por todas.
Dieta da sopa, dieta das cores, dietas das letras, dieta dos pontos, dieta do tipo sanguíneo, dieta dos carboidratos, dieta das proteínas, dieta da água, dieta da fome...são milhares de dietas que, na grande maioria dos casos, até causam uma primeira boa impressão, você acha que desta vez acertou na dieta, mas...tudo volta a ser como era antes. Dietas são como música: fazem um sucesso estrondoso, viram populares, depois caem no esquecimento e, tempo depois, há um “revival” cheio de nostalgia: “Estou fazendo a dieta das frutas, que a minha mãe fez quando tinha minha idade...para ela, foi ótimo”. Foi mesmo?!?
Para funcionar bem, qualquer dieta deve ser acompanhada de uma mudança nos hábitos cotidianos. A palavra dieta deriva do grego díaita, que significa modo (estilo) de vida, e sim, existe uma dieta que não saiu de moda nunca, e recentemente foi reconhecida pelos médicos como sendo excelente para a saúde: a Dieta Mediterrânea.
Era o ano de 1945 e, ao desembarcar na Itália, Ancel Keys, médico norte-americano, notou que a população local sofria bem menos de problemas cardíacos do que o povo de seu país natal. Notou, aliás, que os povos de todos os países mediterrâneos pareciam viver mais e melhor que os americanos. Na década seguinte, Keys começou um estudo relacionando a dieta de um povo com a freqüência da ocorrência de problemas cardíacos e, entre 1958 e 1964, analisou fatores de riscos cardiovasculares em treze mil homens entre 40 e 59 anos, distribuídos em 7 países diferentes, três destes na região mediterrânea (Itália, Iugoslávia e Grécia).
Ancel Keys |
Com base nessas observações, Keys publicou, em 1975, o livro “How to Eat Well and Stay Well, the Mediterranean Way" (Como alimentar-se bem e sentir-se bem, à maneira mediterrânea). Estava lançada a Dieta Mediterrânea. Ele relacionou alimentos que deveriam ser consumidos diariamente, outros semanalmente, e ainda outros que deveriam ser consumidos poucas vezes ao mês, tudo isso acompanhado de atividades físicas diárias e água (e vinho...êba!!). Veja a pirâmide alimentar criada por Keys:
Em pesquisa recente da Universidade de Atenas, Grécia (publicada no Journal of The American College of Cardiology), comprovou-se que, além de prevenir doenças cardíacas, a Dieta Mediterrânea também ajuda no controle da hipertensão arterial, obesidade abdominal, colesterol e resistência à insulina. Além disso, o estudo revelou que a Dieta Mediterrânea também aumenta os níveis do "bom" colesterol, o HDL.
Então, se você é daqueles que adoram seguir uma dieta, adote essa para sua vida. Veja bem: para sua vida toda, não apenas por um período de tempo. Se dá certo? Bom, Keys viveu – e bem – até os cem anos, e basta dar uma olhada na população dos países mediterrâneos para concluir que sim, essa receita (que não é milagrosa, diga-se) pode melhorar sua qualidade e expectativa de vida. Viva bem, com saúde, sem abrir mão dos alimentos que te satisfazem. E com vinho! Aleluia!
Muito boa a sua postagem Edu!
ResponderExcluir"Roubei" sua tirinha para colocar no face, rs.
Abraços!
Fátima