segunda-feira, 14 de março de 2011

COMIDA DE RUA


Que atire o primeiro cachorro-quente quem nunca fez uma paradinha em alguma barraca de alimentos em plena rua. E aqui vale de tudo: as famosas barracas de pastéis nas feiras-livres, hot-dogs com tudo dentro (tudo mesmo!) nas saídas de baladas, sanduíches na entrada e/ou saída de shows, etc. Não dá para negar que a tentação é enorme, e o diabinho da fome, quando bate, fica sussurrando no ouvido até desembolsarmos o dinheiro do lanche, mesmo achando a comida suspeita. Ou você acha que a expressão “churrasquinho de gato” é mesmo somente uma divertida expressão?!?
Churrasquinho de gato siamês: criado na ração, nunca comeu rato!! Meu Deus!!

Uma das boas lembranças que tenho de quando morava em São Paulo e ia ao Estádio do Morumbi ver o tricolor paulista em ação era a parada obrigatória para degustar um sanduiche de pernil, enorme e saboroso! Fazia parte do pacote, e eu procurava comê-lo antes do jogo, para o caso de que uma eventual derrota do meu time de coração me arrancasse a vontade de comer.
Ainda em São Paulo, quem nunca ouviu falar do famoso churrasquinho-grego, vendido no centro da capital? Por um preço irrisório (não sei se ainda custa 1 real), você compra o lanche e ainda ganha um “ki-suco”. Mas cabe aqui aquele porém: higiene. A pessoa que pegava o pão, cortava-o e recheava-o com a carne era a mesma que pegava o dinheiro e conferia o troco. E, pior: às vezes, esta pessoa até tem luvas descartáveis, mas não as retira na hora de receber o dinheiro, acabando de vez com as boas intenções do uso das mesmas.
Currasco Grego em SP: por R$ 1,00, você tem direito a dois sucos!!

Falta de higiene, infelizmente, você encontra até mesmo em restaurantes que cobram caro por seus produtos. Mas, na rua, podemos atentar a alguns detalhes que podem, literalmente, salvar nossas vidas: os produtos utilizados têm um local adequado de condicionamento? Ou ficam expostos até a hora do consumo? A aparência do vendedor pode dizer muito sobre sua preocupação com higiene. Dificilmente alguém com unhas compridas e mãos sujas vai servir um alimento isento de riscos à sua saúde.
Procure saber se o vendedor tem licença para vender seu produto na rua, se há fiscalização periódica e se aquele local possui algum “histórico”. Em geral, se o vendedor está no mesmo ponto já a algum tempo, significa que ninguém morreu ingerindo seus produtos, o que é bom sinal, não?
Existem comidas de rua em todo o mundo, e algumas são realmente imperdíveis. O acarajé na Bahia, peixe com batatas fritas na Inglaterra, costelinhas de porco na Jamaica, churrasco no Kansas, insetos(!!!) em alguns países do Oriente, como na China e na Coréia do Sul que, por sinal, dizem vender excelentes carnes de cachorro...se você tem estômago forte e é livre de preconceitos, não deixe de provar essas iguarias, pois fazem parte da cultura de cada povo e são o orgulho de sua gente. No Texas, cascavéis são vendidas em barraquinhas, existindo até mesmo um concurso que premia o maior comilão deste tipo de cobra!
E aí, vai encarar?!?

Em Israel, predominam os vendedores de falafel. Em Sarajevo, Bósnia, você encontrará facilmente barracas de cepavi, que são linguiças de carne moída apimentadas, grelhadas na churrasqueira e servidas com uma espécie de pão árabe, o somum. Em Marrakesh, no Marrocos, as barracas vendem tajines, kebabs, vegetais e saladas diversas. Na França, a cidade de Rocamadour é famosa pelas barracas de queijo. Na Hungria, em Vecsés, a estrela do cardápio de rua é o repolho. Em Yokohama, Japão, sorvete dos mais variados sabores (mesmo: você encontra sorvete de língua de boi, sorvete de caviar, de curry indiano, de siri, cobra, polvo, camarão, enguia, ostras e até cavalo!) são vendidos nas ruas.
Vai um espetinho de gafanhoto aí, doutor??
Enfim, cada localidade tem suas especialidades, e vale a pena conferir. Prepare seu estômago, encha a mochila de sal de frutas e prepare-se para experiências gastronômicas únicas! E depois me conte foi, ok?

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